Antes mesmo de tomar posse no cargo de ministro da Educação, Carlos Decotelli foi demitido, oficialmente, nesta quarta-feira (01/07). Após sua nomeação, no último dia 25/06, instituições educacionais se posicionaram sobre a validade de títulos divulgados por ele. Em menos de cinco dias as “inconsistências no currículo” levaram Bolsonaro a declinar de sua escolha para o MEC.
Doutorado e pós-doutoradoDentre os títulos questionados, Decotelli citava um doutorado na Universidade de Rosário, na Argentina, e um pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha. As duas titulações, no entanto, não foram confirmadas pelas universidades. O currículo de Decotelli foi editado na plataforma Lattes, corrigindo as informações.
Mestrado
Em seu currículo público, Decotelli apresenta também o título de “Mestrado profissional em Administração” obtido na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2008, com a dissertação “Banrisul: do Proes ao IPO Com Governança Corporativa”. No entanto, na dissertação há trechos idênticos aos de um relatório feito em 2007 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O novo ministro não citou a CVM nas referências bibliográficas do trabalho. A FGV informou que vai apurar a suspeita de plágio.
Docência na FGV
Outra informação alvo que questionamentos, e que teria sido o pivô da demissão, está relacionada à atuação de Decotelli como professor da Fundação Getúlio Vargas. A FGV afirmou em nota que o, até então, ministro não fazia parte do quadro efetivo da instituição, apesar de ter dado aulas por lá. “Ele foi um professor colaborador, não tinha vínculo com a FGV. Deu aula em diversos cursos lato sensu. Foi também um dos coordenadores do MBA em Finanças na FGV e do curso Gestão Financeira Corporativa“, afirmou a FGV em nota. O ex-ministro contestou a nota da fundação, apresentando homenagens recebidas de acadêmicos.
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*Com informações da Agência Brasil, G1, El País e Uol Educação.
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