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Trote na UFPB faz apologia ao estupro. Punição está sendo assistir palestras sobre o tema. Confira a notícia e a nota da ADUFPB sobre o assunto.

A Comissão de Direitos Humanos da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) irá investigar a denúncia de apologia ao estupro no trote de recepção dos calouros. As meninas teriam sido obrigadas a usar uma placa com os dizeres “Miss Estupra”.

A denúncia foi feita por Estêvão Palitot, um professor do Departameto de Ciências Sociais, e já tem forte repercussão em um grupo no Facebook criado para discutir assuntos ligados a UFPB.

Em relato feito na página, o usuário Estevão Martins Palitot lamentou que “tal humilhação e violência” tenha ocorrido na UFPB.

Confira o relato do professor no Facebook:

prof estevao

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“A aluna conseguiu pegar a placa e levou para denunciar e provar o acontecimento. Eu fiquei indignado com a situação e resolvi postar o material para que as pessoas se conscientizassem sobre a situação”, afirmou.

A única decisão prática tomada até agora é a de que os alunos de todos os cursos que compõe o Centro de Tecnologia deverão assistir a uma palestra sobre a cultura do estupro.

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Informações: revistaforum.com.br

Nota da ADUFPB sobre o acontecimento:

ADUFPB repudia “trote” que faz apologia ao estupro

A ADUFPB vem a público expressar seu repúdio aos fatos ocorridos no último dia 15 de julho, no Campus I da UFPB, no “trote” de recepção às calouras do CT. A banalização da trágica realidade de violência praticada contra milhares de mulheres em todo o mundo, inclusive com relatos e denúncias de crime de estupro cometidos dentro dos Campi e nas imediações da UFPB, tem, lamentavelmente, ganho força na atual conjuntura, pois o país vem assistindo senhores da República, vergonhosamente, incitando e – ainda pior – fazendo apologia ao crime de estupro.

A ADUFPB soma-se às lutas de mulheres de todo o mundo, às organizações feministas e às entidades defensoras dos direitos humanos para repudiar fatos como os que ocorreram no interior da nossa Universidade. Não é possível ficar calado frente a crimes como este! A desvalorização da vida, expressa na crescente violação de direitos, associada ao aumento da onda conservadora e preconceituosa que assola o país, exige do todos aqueles, comprometidos com a democracia e com a defesa dos direitos, ações para responsabilizar os sujeitos que praticam crimes como estes, que nada mais são do que crimes contra a humanidade.

Neste sentido, o sindicato das professoras e professores da UFPB torna público o repúdio a ações que corporifiquem o estímulo e a efetivação de uma cultura da violência, como é o caso dos fatos mencionados. É preciso que a comunidade acadêmica denuncie as violações de direitos que vem ocorrendo dentro e fora da UFPB, assim como cobre das nossas instâncias institucionais que apurem os fatos e apliquem as penalidades previstas em nossos regulamentos.

 

Diretoria Executiva da ADUFPB

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Todos nós enquanto sindicato, sindicalistas, 

profissionais da educação (docentes e técnicos) e estudantes,

devemos nos posicionar diante de ocorridos como este.

Denegrir a imagem da mulher, fazê-la submissa e humilhá-la

em seu primeiro dia de aula nunca será a forma digna de

recebê-la em uma Universidade ou Instituto Federal.

Nós do SINTEFPB apoiamos a ADUFPB e reforçamos a nota em defesa de todas as mulheres. 

 

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Assessoria de Comunicação do SINTEFPB

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