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Às vésperas do Natal, Bolsonaro concede reajuste para PF por motivos eleitorais e ignora outras categorias

Às vésperas do Natal, Bolsonaro concede reajuste para PF por motivos eleitorais e ignora outras categorias

 

Servidores de diversas categorias receberam com indignação a notícia sobre reajuste salarial que favorece apenas a PF. A previsão de reajuste e reestruturação de carreiras de policiais federais incluída no Orçamento de 2022 gerou insatisfação em outras categorias de servidores públicos, que também reivindicam aumento. O texto aprovado pelo Congresso Nacional destina R$ 1,7 bilhão para os profissionais da PF.

 

A decisão de oferecer aumento salarial à Polícia Federal atendeu a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), que está de olho em votos para a eleição do ano que vem.

 

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro pressionou o Congresso para aprovar o reajuste para policiais federais, a  Receita Federal perdeu recursos e pode até se inviabilizar em 2022. Isso fez com que 324 servidores do órgão pedissem exoneração entre a aprovação do Orçamento ontem (21/12) e a tarde desta quarta-feira (22/12), segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles. 

 

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) informou que o total de servidores a desistir do cargo pode chegar a 500. Os pedidos de exoneração incluem auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal que atuam em cargos de confiança como delegados e chefes do órgão tributário em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, entre outros.

 

Em entrevista concedida à CBN, David Lobão, coordenador-geral do SINASEFE, comentou sobre o tema. “É uma agressão muito grande parte dos servidores ter reajuste enquanto a maioria das categorias não foi recebida para nenhuma audiência”.

 

Até essa quarta-feira (22/12), ao menos seis organizações manifestaram indignação com o reajuste apenas para os policiais federais: chefes de unidades do Banco Central (Sinal), delegados e auditores da Receita Federal (Sindifisco), médicos peritos federais (ANMP) e membros do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), auditores fiscais agropecuários (ANFFA Sindical) e Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

 

De acordo com informações do jornal O GLOBO, o governo agora teme uma greve geral logo no início de 2022, em ano eleitoral. Integrantes do governo próximos a Jair Bolsonaro, o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, e membros dessa pasta já alertaram o presidente sobre a possibilidade. 

 

Servidores do BACEN planejam entregar suas funções e promover paralisações após a categoria amargar mais um ano sem reajuste. Da mesma forma, outras categorias do serviço público devem iniciar o ano discutindo a possibilidade de convocação de greve junto às suas bases.

 

No dia 14 de janeiro, o SINASEFE irá participar da primeira reunião do Fonasefe de 2022, que terá como pauta a discussão sobre reajuste salarial e a possibilidade de realização de uma greve geral, em articulação com várias categorias.

 

 

Por: Sinasefe Nacional


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