Fonte: Carta Capital | Por: Thaís Reis Oliveira | 20 de março de 2019
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Trinta senadores e noventa deputados assinaram o texto até agora, além de mais de 100 entidades de classes
Prestes a receber o texto que altera as regras de aposentadoria dos militares, a oposição se organiza para barrar a Previdência do governo Bolsonaro. Foi relançada nesta quarta-feira 20 a chamada Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, que reúne representantes da Câmara e do Senado.
Trinta senadores e noventa deputados assinaram o texto até agora, além de mais de 100 entidades de classes. Esse número deve aumentar nas próximas horas, já que os interessados podem formalizar o apoio ao longo do dia.
Coordenam a iniciativa o senador Paulo Paim (PT) e o deputado André Figueiredo, líder do PDT na Câmara – o partido fechou questão contra Reforma. O grupo deve apresentar uma proposta alternativa. “Da forma como está agora, essa reforma destrói a Previdência. Somos contra o desmonte da solidariedade entre gerações”, avalia o deputado Alessandro Molon (PSB), líder da oposição na Câmara.
A organização já havia sido lançada em 2016, quando a PEC foi apresentada pelo governo Temer. Nessa nova roupagem, os parlamentares criticam principalmente o regime de capitalização e as diferenças entre a proposta dos militares e do regime geral. “Esse governo tem que entender que a Previdência brasileira não é do sistema financeiro. Sistema de repartição é cláusula pétrea”, diz Paim.
Na legislatura anterior, o total de apoiadores chegou a 270 na Câmara e 23 no Senado.
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