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“Bolsolão”: Compra superfaturada de ônibus escolares é o novo escândalo de corrupção do MEC

Imagem: destaque de foto. (revistadoonibus.com)

 

Matéria por: Ésio Melo | Sintietfal

 

Na mesma semana em que Milton Ribeiro caiu, um novo esquema de corrupção veio à tona no Ministério da Educação: o superfaturamento em mais de R$ 700 milhões na compra de ônibus escolares. A denúncia foi publicada neste sábado, dia 2 de abril, pelo Jornal Estadão.

Segundo documentos, o governo Bolsonaro abriu processo de licitação para pagar R$ 480 mil por ônibus escolar destinado ao transporte de estudantes em áreas rurais. Os veículos, no entanto, custariam no máximo R$ 270 mil.

O processo de licitação foi montado dentro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que concentra a maior fatia de recursos destinados a investimentos em educação. O órgão é controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, do PP, e por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL. O presidente do Fundo, Marcelo Ponte, chegou a ser chefe de gabinete de Ciro.

O superfaturamento dos ônibus foi apontado em relatório de Técnicos do FNDE, assim como em parecer da Controladoria Geral da União (CGU). “A discrepância das cotações apresentadas pelos fornecedores em relação ao preço homologado do último pregão, do ano passado, implica em aumento não justificado do preço, sem correspondente vinculação com as projeções econômicas do cenário atual”, afirma relatório da área técnica do Fundo.

Apesar dos alertas de sobrepreço, o processo de licitação foi autorizado por Garigham Amarante, diretor de Ações Educacionais do MEC, indicado por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, legenda de Jair Bolsonaro. Em ao menos dois despachos, determinou o prosseguimento do processo, com pequenos ajustes, mantendo os preços inflados.

O pregão será aberto nesta terça-feira, 5 de abril, para a compra de 3.850 veículos, com um valor total de R$ 2,045 bilhões. O superfaturamento está na ordem de 55% (R$ 732 milhões).

Esse novo escândalo de corrupção acontece dias após Milton Ribeiro ser exonerado do MEC por estar envolvido no esquema em que pastores indicados por Bolsonaro negociavam ilicitamente liberação de verbas a prefeituras em troca de propina.

Confira reportagem completa da IstoÉ sobre o caso:

istoe.com.br/o-mensalao-de-escandalo-bolonaro

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Veja também:

Políticos e especialistas cobram governo por esquema na compra de ônibus escolar

https://www.istoedinheiro.com.br/politicos-e-especialistas-cobram-governo-por-esquema-na-compra-de-onibus-escolar/

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