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28 de junho: uma data histórica para a luta contra a LGBTfobia

28 de junho: uma data histórica para a luta contra a LGBTfobia

Dia 28 de junho é uma data histórica para a luta contra a LGBTfobia. A Revolta de Stonewall, em Nova York (EUA), é lembrada como um momento em que, apesar da forte repressão, o movimento revidou com bravura e fez-se ouvir em todo o mundo.

Isso foi 1969. Gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais que frequentavam um bar no bairro Village, em Nova York, o Stonewall Inn, decidiram reagir à violência que vinha sendo desencadeada pela polícia, com constantes batidas no local.

 

Bar Stonewall Inn, no Village

A resistência a tal violência provocou uma rebelião com barricadas, pedras, fogo e fortes manifestações que duraram quatro dias. Diversas organizações de trabalhadores e de luta por direitos civis apoiaram a mobilização.

Repressão, resistência, rebelião

 

Essa luta tornou-se um marco da organização e mobilizações LGBTs, dando início inclusive as marchas do “Orgulho Gay”.

Quarenta e nove anos depois, observamos que esta luta é mais que atual. O Grupo Gay da Bahia, responsável por levantamentos sobre violência contra gays, lésbicas, bissexuais e pessoas trans no Brasil, apurou que um LGBT morreu em decorrência ao preconceito a cada 19 horas no Brasil em 2017. Das 445 pessoas mortas no ano passado, 194 eram gays, 191 eram pessoas trans, 43 eram lésbicas e cinco eram bissexuais. Lamentável!

Ainda de acordo com o Grupo Gay da Bahia, um LGBT é assassinadX a cada 27 horas no país. O índice coloca o Brasil como o país em que mais ocorrem assassinatos de LGBT´s no mundo.

Não é somente a violência física a que são submetidXs, mas também a discriminação no ambiente de trabalho, nas contratações e na ausência de leis que os defendam.

A atuação dos governos petistas de frente popular em ações conjuntas com bancada fundamentalista e religiosa do Congresso Nacional só fortaleceram o preconceito a esse segmento. Deputados federais como Marco Feliciano, Silas Malafaia, Jair Bolsonaro e tantos outros foram acobertados em seus discursos de ódio e hoje legislam a favor do ódio e do preconceito.

Denunciar a violência e o preconceito contra LGBTs, exigir garantias de igualdade no trabalho e nas leis são bandeiras que fazem parte da nossa luta e serão hasteadas não somente no mês de junho, mas durante todo o ano.

A CSP-Conlutas homenageia LGBTs que sofreram violência, os que morreram em decorrência dessa política preconceituosa cruel e presta homenagem especial aos que estavam em nossas trincheiras e perdemos para esse sistema criminoso como Maria Aurora morta em março deste ano e outrxs.

“O capitalismo mata, é esse sistema que fortalece os preconceitos entre a classe trabalhadora e que adoece as pessoas. A luta de Aurora não será em vão. Sua existência ficará pra sempre em nossas vidas. Com a lembrança de que mais do que nunca, a luta por um mundo sem opressão e exploração é necessário. Um mundo em que podemos ser exatamente aquilo que somos”, apontava o texto do Sindsaúde RN reafirmando o compromisso da entidade com esta luta, reforçado pela CSP-Conlutas enquanto ponto programático da Central.

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Matéria da CSP Conlutas

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