Há quatros anos a vereadora do Rio de Janeiro-RJ Marielle Franco foi executada brutalmente. Junto com ela morreu o seu motorista, Anderson Gomes.
Levou quase um ano até que os assassinos fossem presos: Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, ambos ex-policiais militares, estão na cadeia.
Um dirigiu o carro, o outro deu a saraivada de tiros que matou Marielle e Anderson. Por “coincidência” e “pura obra do destino”, um deles era vizinho do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro.
Se antes perguntávamos “quem matou Marielle?”, a pergunta passou a ser “quem mandou o vizinho do Presidente matar Marielle?”.
E essa pergunta segue sem resposta. Lessa e Queiroz nada falam sobre quem encomendou o crime. Mas isso não desmotiva as pessoas que pedem Justiça para Marielle e Anderson e prisão para todos os envolvidos neste crime.
Mulher, negra, LGBT, socialista e lutadora, Marielle defendia a população socialmente mais vulnerável e despertou a ira da elite mesquinha e conservadora que apoiou o golpe de Estado de 2016. Não foi à toa que tantas notícias falsas, buscando depreciar a biografia de Marielle e destruir sua reputação e caráter, surgiram após seu assassinato ganhar repercussão.
Faz quatro anos que Marielle foi tirada de sua filha, de sua esposa, de sua família, de seu mandato no parlamento e de sua militância. Mas quem quis silenciar o discurso de Marielle, não conseguiu. Marielle floresceu, se multiplicou: hoje temos muitas Marielles não só na cidade do Rio de Janeiro-RJ, mas espalhadas por todo o Brasil.
Continuaremos cobrando do Estado Brasileiro a devida Justiça para Marielle e Anderson até que ela seja feita. E, quando ela for feita, seguiremos celebrando a memória de Marielle e encampando a luta que era dela e que também é nossa: a luta por uma sociedade justa, igualitária, fraterna, emancipada e sem exploração!